domingo, 15 de junho de 2025

a IA e EU

pois: quase nada me sobrou senão assim tão impotente vê-la me fodendo os cornos com minhas palavras e supõe-se que ela sou eu (não é) a IA me imita, talvez me inveje mas ela não sou eu não é mesmo que assim o pareça e tenho certeza: a IA me jantou me engoliu inteira e sem mastigar-me deglutiu comeu tudo que havia em mim levou meu trabalho minhas obras e o que eu era me faliu comeu-me pelas beiradas pelos flancos desavisados pelas frestas desprotegidas pelo que eu permiti a IA tem minha cara minhas feições mas se me olhares nela e de perto, não sou eu, não sou.

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